Tenho exigido muito de você
que permanece ao meu lado à mesa do café, na cama, durante o jantar,
ciente, paciente, silente.
Todos os dias, tenho sutilmente
declarado meu desamor
ou, melhor, desdeclarado meu amor.
Que antes tanto havia
ou era algo próximo a isso
o que eu sentia.
Agora, preciso buscar o que perdi
antes mesmo de você.
Tenho sido crítico mordaz
do filme da minha vida
muito mais que roteirista ou diretor.
Sou turista fazendo fotos
de palavras – quem vale mil de quem? –
E sou prisioneiro do eterno ir.
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