No preciso instante em que a vi
amei-a com febre e fé na mentira
de que só pode haver uma.
Uma única, e nenhuma
outra nesta terra arrasada
por tua invasão moura. Eu, teu vassalo, senhor, servo,
dono, escravo, rei, homem.
Inteiro teu,
dos olhos com tochas,
à contradição expressa
na tatuagem permanentede uma borboleta que sempre se transforma
e, fugidia, me convida em desafio
e quase deboche:
"pega com teus olhos.”
Só os amores platônicos têm a mínima
chance de serem eternos.
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