Mostrando postagens com marcador boca. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador boca. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Bocas boas

Este poema veio de Francinne Amarante.
Achei estimulante, e, num rompante,
como se fosse repente, ainda tonto,
respondi de bate-pronto.

Tá tudo lá no blog Balaio Cultural em 09.10.2008



"mas se eu italiano ou argentino
me perco na língua portuguesa
minguo à silábica francesa
me rendo na boca brasileira"

Francinne Amarante




RESPOSTA À TUA BOCA...

E qual a boca que é a cara do Brasil,
minha poeta de nome francês?
É a boca boa, a boca que sorri à toa
escancarada e sem dente?
É a Boca do Lixo produzindo pornografia
mais sadia que a boca da urna política?
É a boca de fumo vendendo ilusão
e distribuindo bala perdida
como se fosse frumelo
em cada boca de criança
sem nome e com fome?
O que corre a boca pequena é que a boca
brasileira não tem comparação com a estrangeira
e é por isso que vem um monte de gringo
gozar forte dentro dessa boca livre.

domingo, 28 de setembro de 2008

Prato feito

Na terceira prateleira,
ao lado da sua sobremesa,
você me encontra.
Não é nenhuma surpresa,
estou na mesma geladeira
onde você me colocou.
Espero você abrir a porta,
descongelar e me comer.
Não precisa avisar
quando vai ser,
é até melhor me pegar
de repente.
Na verdade, eu já vou
estar bem quente,
pronto pra tua boca, língua e dente.