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domingo, 6 de setembro de 2009

A Balada de Denise


gota de chuva
acolhida
na folha de taioba:
mais vida
que brilha com sol.

sorriso de farol,
mão de fada,
alma de anjo atento,
generosa, espraia
luz sobre qualquer breu.

e eu, devoto
do teu nome
e da tua graça,
deixo entrar o cheiro
da nova manhã.




para minha irmã Denise Garrett

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Para os seus olhos

eu me dispo
como a manhã
estendendo-se sobre a sala.

eu me visto
como o vinho
encorpando-se na taça.

eu existo
como só poderia
depois deste encontro.

e eu me entrego
como oferenda serena
solta no oceano.

sábado, 7 de março de 2009

O pedido

Acaso ou destino, eu voto consciente
pelo desatino!
Todos os beijos e os quereres
fazem sentido
quando me vejo frente a você.
Renunciar aos prazeres
é a mais assustadora das escolhas.
E também a mais covarde.
O amanhã é só um caderno
de possibilidades
onde se escreve céu ou inferno.
Eu quero ser o que arde!
Só este tem asas.
O que sinto, guardo em casas
de portas abertas
onde o amor é raridade e oferta.
O único tempo é o agora,
repito o meu presente
e te peço: não vá embora.
Não hoje, não no agora de amanhã,
não na manhã deste agora.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Leite

Acordo um olho de cada vez
começo meu dia com café,
mas podia ser vodka.
Acendo um cigarro,
as roupas de ontem ainda estão
espalhadas pela sala.
A noite foi boa,
a voz está rouca,
o corpo dói.
O que gosto mesmo
é dos meus dias não terem manhã.
E leite me faz mal.