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terça-feira, 5 de maio de 2009

Para poucos

Na poltrona vermelha onde
o sol se põe, me descortino:
passional, frágil
e corajoso por só ser
eu mesmo,
imerso e transbordado
em minha prepotência sensível
num vácuo que não dá medo.
Meu caminho é só,
pavimentado pela solidão doída
de quem se encontra
e se entrega a quem não lhe quer.
Tudo passa e marca
a ferro, fogo e faca
a sensibilidade grotesca do real.
Sou para poucos
e você não pode ver.
Lamento.

quinta-feira, 12 de março de 2009

O disco

Arraial do Cabo (RJ). Foto: Leandro Wirz
Apenas ponha o disco para tocar
novamente e
me deixe só.
Minha velha poltrona vermelha
guarda meu corpo
como ninguém,
mas não evita
que os pensamentos em você
formem uma coroa de espinhos.

Nem tudo que dói sangra
mas toda dor vira costume,
não notícia.
È morno calor
(que envolve)
quando não há mais nada.
Feche a porta sem barulho
permita ao sol se pôr
em meus horizontes.