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quinta-feira, 10 de junho de 2010

Paredes

Arranhei as unhas
nas paredes de vento
dos teus versos
e quis gritar.
Eu não grito nunca.
Nem rasgo, nem agito,
nem me atiro.
Eu visto camisa de força
até para dormir
e sou pássaro preso
em caixa preta.
Balanço as mãos nervosas como asas
mas nem nada.
Entra luz pela janela,
eu acendo velas perfumadas,
eu também invento belas
e eu ainda iço velas
nas paredes de vento
do meu reverso.

domingo, 16 de novembro de 2008

Antropofagia

Meu corpo jaz sobre lençóis amarrotados.
Ao lado da cama,
ela tranqüilamente pinta as unhas
com o meu sangue.
Para cada pedaço do meu corpo,
acha utilidade.
O coração, ela descarta.