quinta-feira, 14 de maio de 2009

Nem pense

Nesta noite
quase raiando o dia
eu queria um pouco mais
de loucura e poesia,
mas acho que não vai dar,
só, quem sabe, pra amanhã
entre onze e meio-dia.
Minha overdose demanda
água e glicose,
colo e café
sem açúcar pra me por de pé.

Vem morena, descalça
meu all star de cano longo,
eu adoraria, mas hoje não,
nem em sonho.
Esta noite estou com receio,
acho que passei do ponto,
eu estou meio doidão:
bebi fígados
fumei meus neurônios,
esta noite eu não tenho
mais pulmão.

Nem tesão,
você que me desculpe
e entenda.
Hoje não há vela que acenda
no vento da minha cabeça.
Não se preocupe,
só me dê um tempo,
qualquer hora essa delenda
há de acabar.
Agora eu vou embora
e nem pense em me acompanhar.

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