sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Presença

Acreditei em mãos entrelaçadas.
Eu estava errado.
Mãos espalmadas são o amor.
Separadas, postas
lado a lado, de onde tudo
parte em entrega
sem esperar retorno.
E onde, sem esperas,
o que chega é bem-vindo.
Estar inteiro sempre,
sem precisar de nada.
Apenas querendo.
Sabe amar quem vive bem
sem amor.
Aqui estão minhas mãos,
aqui estão meus olhos,
meus gestos e eu.
Amor é silêncio.

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