Eu perdi.
Tudo o que ofereci:
as vísceras expostas,
a alma nua,
o amor que nunca sentira.
Eu estive bem até aqui –
corpo inteiro, disposto,
as duas faces do rosto
prontas para os tapas.
Você viu e quis,
mas adiou ser feliz
o quanto pôde,
agendou para a vida inteira,
como se a vida estivesse
por começar sempre
na próxima primavera.
O teu amor não ganha energia,
não pede solução,
renova tua covardia.
E você, presa na própria teia,
incapaz de se ver no espelho.
Teu medo não te deixa.
Quem te roubou de si mesma?
Sobe ou desce?
Há 10 anos
Um comentário:
Não é ninguém que nos rouba de nós mesmas, Lê, a gente é que escolhe assim.
Postar um comentário