Se me vir deslizando,
diga que deslizará comigo
até o mel da alma.
Abra seus braços
para que eu não repita
Ícaro ao sol.
Clareie em cores fortes
minha melancolia destilada,
meus dias, minhas noites,
minha solitude.
Ouça o que suspiro,
toque em tom maior meus sustenidos,
me conduza oitava acima.
Deite comigo no campo das flores,
deixe o beijo de seda do vento
e a luz das manhãs amenas
sobre sua pele morena.
Sorria para os lençóis brancos das nuvens
e recrie as fábulas que ouviu.
Encontro conforto em seu ombro
e tudo o que vivi
foi lavado pelo que já chorei.
Hoje, tenho brilho
e o que respiro
é o cheiro que, gentil,
você me oferece.
Sobe ou desce?
Há 10 anos
3 comentários:
Pra mim, parece pra mãe. Ou pra vó.
Então, Carol, eu me expressei mal...
Ou não... Amores sempre tem um pouco de mãe. Ou de vó. Freud explica. ;)
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