domingo, 6 de junho de 2010

Nada original

Não sou nada original.
Sou liquidificador vital
para amélias modernas.
Antenas.
É com isto apenas
que escrevo poemas.
Mais honesto dizer que roubo.
Às centenas, milmilhareslhões
de palavras, entonações,
vírgulas, versos, emoções.
Cantilenas.
Cacos de melodia enterrados na memória.
É da ausência –
mais que da história –
que se compõe a poesia.

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