quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Estio

Semente no estio
aguardo tua chuva
promessa de colheita
na próxima estação.


Corpo vazio
à margem do olhar
que reacende lareira
remota no coração.


Quero teu cio
como quem espera
o sol queimar
no alto verão.


Sigo vadio
ruas meio escuras
não pelo lado selvagem,
mas ao lado da solidão.

Um comentário:

Mauro Belmiro disse...

... você hein? Que intuição! Há séculos eu não mexia com aquilo, e ali você estava, na hora da volta do morto-vivo... Saudades do amigo!

Afetuosamente,

MB