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quinta-feira, 7 de maio de 2009

Sem corpo

Curvo sobre o velho papel,
rabisco esquerdas palavras
com a lua sobre os ombros.
Carpintaria de intimidades universais
talhadas a grafite
para que ganhem corpo.
Não há o que fique
estanque: ar, sentimento,
água ou sangue.
Tudo corre
na direção do próximo
momento.
Turvo é o hoje,
amanhã há de ser claro,
raro brilho branco
hóspede permanente
entre teus lábios.
Meus braços estão abertos
em convite.
Sem teu corpo.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Vontade

meu olhar te seca
minha voz te molha
minha mão te cerca
minha língua te toca


minha boca te chama
minha perna te segue
minha vontade é de cama
meu corpo te pede

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Ruas do seu corpo

Seria legal você não usar nada por baixo,
para que minhas mãos tenham livre acesso
a todas as ruas do seu corpo,
todos os becos quase escondidos,
sem gatos sobre o muro
ou saxofonistas à meia-noite.
Todas as ruas do seu corpo livres
para o passeio das mãos,
o incêndio das bocas,
a revelação do olhar.
Não são ruas que apenas atravesso,
não são apenas vias de acesso.
Permaneço nelas, são meu lar.
Minha mão sobe por suas coxas
levantando seu vestido
até chegar aos lábios.