quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Ruas do seu corpo

Seria legal você não usar nada por baixo,
para que minhas mãos tenham livre acesso
a todas as ruas do seu corpo,
todos os becos quase escondidos,
sem gatos sobre o muro
ou saxofonistas à meia-noite.
Todas as ruas do seu corpo livres
para o passeio das mãos,
o incêndio das bocas,
a revelação do olhar.
Não são ruas que apenas atravesso,
não são apenas vias de acesso.
Permaneço nelas, são meu lar.
Minha mão sobe por suas coxas
levantando seu vestido
até chegar aos lábios.

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