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terça-feira, 28 de junho de 2011

Nada

Poesia não é andar de bicicleta.
Desaprendi,
se soube um dia.
Talvez seja porque passei dos quarenta
ou esteja feliz.
Talvez seja porque tenha desaprendido a viver
e não morra mais de amores.
Por nada, talvez.
A poesia se foi.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Retrocesso

Desaprendi:

o rumo norte;
a caminhar com minhas próprias pernas;
a andar de bicicleta;
a amarrar os cadarços;
a ler as letras;
a contar até dez (ou mesmo a soma de 1 + 1);
a cantar o hino;
a ser menino;
a temperar a carne;
a mentir mesmo quando útil;
a seqüência das notas musicais;
a alquimia das palavras para fazer poesia;
o nome de quem eu amava;
a amar como dois inteiros.

Ou nunca soube.