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quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Eu vou

Sentei no telhado esperando Marte
cair sobre a minha cabeça na noite
eu creio que o melhor ainda virá,
mas só depois que a gente fugir.

Eu sou super sério e é por isso mesmo
que não quero mais essa rotina
neste país safado e sem-vergonha.
"Eu quero me vender, você me compra?"

Eu quero outra camisa, quero outra praça,
vou cantar bem alto outro hino,
recomeçar como se fosse menino
onde haja educação e respeito.

Não vou levar daqui nem o jeito,
nem a manha, só a lembrança
de que era para ser tudo diferente.
Era pra ser, poderia ter sido, mas não foi.

Eu vou.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Retrocesso

Desaprendi:

o rumo norte;
a caminhar com minhas próprias pernas;
a andar de bicicleta;
a amarrar os cadarços;
a ler as letras;
a contar até dez (ou mesmo a soma de 1 + 1);
a cantar o hino;
a ser menino;
a temperar a carne;
a mentir mesmo quando útil;
a sequência das notas musicais;
a alquimia das palavras para fazer poesia;
o nome de quem eu amava;
a amar como dois inteiros.

Ou nunca soube.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Retrocesso

Desaprendi:

o rumo norte;
a caminhar com minhas próprias pernas;
a andar de bicicleta;
a amarrar os cadarços;
a ler as letras;
a contar até dez (ou mesmo a soma de 1 + 1);
a cantar o hino;
a ser menino;
a temperar a carne;
a mentir mesmo quando útil;
a seqüência das notas musicais;
a alquimia das palavras para fazer poesia;
o nome de quem eu amava;
a amar como dois inteiros.

Ou nunca soube.