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quinta-feira, 10 de setembro de 2009

A pedra no meio

Com a boca no teu seio
eu te desprezo.
Mentira, na verdade,
eu quero não querer.

Tudo porque estou cheio
da minha carência,
e da sua presença
alheia ao desejo.

Eu não tenho receio,
é mesmo só tristeza,
faz tempo que percebi
que eu te perdi.

A pedra no meio
do caminho é a falta de um adeus,
e eu, que gosto tanto
de um recomeço!

sexta-feira, 24 de julho de 2009

A tristeza é uma gata

Estou certa que esta tristeza
não me pertence.
Ou não deveria.
Não hoje, apesar da chuva fria
quase estragar a sexta.
Mas deve ser a lua, ou o dia,
e eu faço carinho
na melancolia
como se fosse na cabeça de uma gata
manhosa e independente
deitada no meu colo no sofá.
A fumaça do cigarro dança
ao som da velha música e tudo
me lembra o que não vivi.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Eterno retorno

No fundo do meu olhar,
a tristeza, mais antiga hóspede,
está de volta.
Eu pedi que retornasse.
A casa ficava tão vazia.

O que guardo há mais tempo
é também o meu futuro.
Em essência, é o que sou.
Quando o sol apareceu,
eu fechei a cortina.