Basta olhar.
Eu minto.
Não é o bastante.
Bate o meu pulso
com o instinto
de tocá-la
como se fosse
questão
de sobrevivência.
Também não basta tocar.
Eu sinto.
Não é suficiente.
Sua meu corpo
com o desejo
de surfar
a pele morena
como se fosse
meu próprio
oceano.
Ainda não basta.
Eu insisto.
Não é só isso.
Vibra a alma
com a vontade
de ser par
como se fosse
feita
pra te acompanhar.
E não é outra a razão do poema.
Sobe ou desce?
Há 10 anos
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