terça-feira, 24 de março de 2009

Eu sou nada

O frio me corta
no sentido sul.
Produzo fogo
em um ponto remoto.
Apenas o suficiente.
Nada sob a pele
que atinja o coração.
Nas veias corre lava,
mas quem encara meus olhos
não vê sinal de alma.
Desapareço dos espelhos,
não sou visto em retratos
nem no véu da noite.
O sol retalha a manhã.
Nada de sombras,
parto sem deixar pistas
e não pretendo voltar.
Você já terá me esquecido
após o café.

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