sábado, 21 de março de 2009

Para as noites de chuva

Procurei de madrugada na livraria
companhia para a chuva
que do lado de fora parecia
chiado de agulha sobre álbum de vinil.
Comprei muitos livros pelas orelhas persuasivas
e jamais li os volumes.
Sou fácil de ser seduzido,
basta um sorriso, promessa de felicidade
efêmera que minha imaginação fértil
delira ser eterna.
Com ouvidos e olhos sobre os discos,
exausto e confuso, desisti de acompanhar
tantos lançamentos.
Restam o café e o cigarro
preenchendo as horas:
coisas simples.
Gente eu não agüento mais.

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