Sentei no telhado esperando Marte
cair sobre a minha cabeça na noite
eu creio que o melhor ainda virá,
mas só depois que a gente fugir.
Eu sou super sério e é por isso mesmo
que não quero mais essa rotina
neste país safado e sem-vergonha.
"Eu quero me vender, você me compra?"
Eu quero outra camisa, quero outra praça,
vou cantar bem alto outro hino,
recomeçar como se fosse menino
onde haja educação e respeito.
Não vou levar daqui nem o jeito,
nem a manha, só a lembrança
de que era para ser tudo diferente.
Era pra ser, poderia ter sido, mas não foi.
Eu vou.