Da uva passa dos dias
eu faria vinho
para embriagar tua vida
E clarabóias permissivas
rompendo os breus
e os enigmas castanhos
dos teus olhos.
Desbravaria teus paraísos
igualmente
erguendo moradas provisórias
como a felicidade é sempre.
Inverteria a rotação da terra
para manter a pino o sol –
enquanto houver sol,
eu serei teu.
E eu inventaria outro idioma
no qual compreenderia os silêncios
e eternizaria teu nome
rimado com beleza.