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segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Ameno

Amor
sem sombra,
sem filtro,
sem óculos protetores.

Sol que queima,
arde,
cega
e fere.

Hora do sol
baixar,
se pôr,
se recolher.

Receba
minha lua,
igualmente tua,
acolha o sereno

sobre teu corpo moreno.
ouve o que calo.
Entende que te guardo
para uma nova manhã

branda, suave,
fresca como a primavera.
Quando as flores findam
tão longa espera.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Corpo da terra

Hesito

entre o corpo da terra
e a língua do vento,
ainda não me entreguei
mas estou propenso
a fazê-lo.
Quero lamber o pêlo
banhar de leite o rosto
e o cabelo
para que a alma ganhe cor.
Nem dor eu tenho,
sou templo suspenso,
onde solidão é paz
e saudade não é mais.

 
Excito

com a chama da vela
e com a cama ao relento,
eu já tentei
mas não há consenso
entre meus deuses.
Quero vencer os medos,
lavar os becos,
revelar os segredos
para que a vida ganhe cor.
Ardor eu não tenho,
sou nascedouro sereno
de rio de pedras
no peito que se fecha.