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segunda-feira, 12 de abril de 2010

Corpo da terra

Hesito

entre o corpo da terra
e a língua do vento,
ainda não me entreguei
mas estou propenso
a fazê-lo.
Quero lamber o pêlo
banhar de leite o rosto
e o cabelo
para que a alma ganhe cor.
Nem dor eu tenho,
sou templo suspenso,
onde solidão é paz
e saudade não é mais.

 
Excito

com a chama da vela
e com a cama ao relento,
eu já tentei
mas não há consenso
entre meus deuses.
Quero vencer os medos,
lavar os becos,
revelar os segredos
para que a vida ganhe cor.
Ardor eu não tenho,
sou nascedouro sereno
de rio de pedras
no peito que se fecha.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Pedra vogal

Trago uma pedra nas vocais.
Afago a vogal presa,
espero que escape ilesa:
bastaria a primeira letra
para puxar o resto.

O amor dita o que sou
e você está onde eu não estou.
O silêncio imposto
vira página e lágrima no rosto –
a vogal ainda presa à pedra.

Sentindo dor.

sábado, 2 de maio de 2009

O azul



A branca espuma do mar
varreu as pedras dos meus planos
e trouxe a noite.
Deus tornou inválida
qualquer tentativa.
E eu continuo a embaralhar a felicidade
com o azul dos seus olhos
mas nenhuma onda vem me levar,
nenhuma.