quinta-feira, 23 de abril de 2009

A aurora doeu



Em 23 de abril de 1987, aos 18 anos, lancei meu primeiro - dos até agora, cinco - livros de poemas. Então, publico hoje alguns textos daquele livro: Poema do Espelho, Janela e A aurora doeu. Já postei aqui, em setembro de 2008, o poema Engenharias, que também integra o livro.



Todo mundo se diz tão bom,
quase todos não são.
E eu sou tantos
e sou só um,
nas noites e dias sem rumo,
um homem à procura de si.

Deve haver luz no fim da confusão,
se tiver fim essa indagação.
Como um sol que nasce,
a resposta sairá de mim.
Eu tenho vida,
quero ser feliz.

Os sonhos me levam aos édens
e o mundo me corta as asas.
Se você visse por trás
da máscara dos meus sorrisos
talvez entendesse melhor
porque estou fazendo isso comigo.

Eu derramo emoções
para não me afogar nelas
e mergulho fundo
tentando me encontrar.
Não sei se estou certo,
sigo sem saber aonde parar.

Eu quero amor e quero paz,
eu quero muito mais.
Quero ser quase deus,
quero explodir.
A aurora tá doendo.
Dói tanto.

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