segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Antena

No sofá da depressão,
assisto pelas grades da janela
à televisão dos outros apartamentos
piscando luzes madrugada adentro.
Mentira que eu sou o centro.
O vento, o movimento do mundo,
o seu sentimento,
o tempo,
eu não controlo.
Com meu descontrole remoto
não troco os canais da vida.
Permaneço eletrostático
à mercê da tua não vontade.

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