sábado, 1 de agosto de 2009

O chamado

Atendo ao chamado vocacional da liberdade.
Pratico o desapego
como se fosse preciso em breve.
Quero de tudo menos.
Inclusive, e sobretudo, pessoas.
Nem poucas e boas.

Eu tentei caber na página
da tua história,
construir laços longos
e nós apertados.
Minha partida vai te machucar.
Depois de toda a calmaria,
eu sou mar.

A correnteza segue,
a onda estoura na praia
distante.
Eu não temo jogar tudo e perder,
o medo é de não morrer
quando passar a tempestade.

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