segunda-feira, 17 de maio de 2010

As horas do nada

Invento perfeccionismos
para preencher as horas lentas.
Me armo de palavras solitárias
no espelho
para enfrentar a solidão.
Comemoro cada dia que passa.
Meu telefone não toca aos sábados
e domingos.
É tão difícil viver
e me convencer que amanhã será melhor.
Eu quero ar, quero um objetivo, quero um amigo.
Outras coisas, caras e gentes
que não sejam você.
De não ter, eu estou cheio.

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