sexta-feira, 14 de maio de 2010

Revirar

As pontas dos pés ainda não tocam o solo
enquanto desço a garganta do diabo.
Com as mãos reviro os sentimentos
até o novo caldo de sabor desconhecido,
temperado com especiarias da dor
e das descobertas.
Tomo posse das minhas perdas.
Emergirei revigorado.

Um comentário:

jac rizzo disse...

Que lindo renascimento!
Esse tempero com especiarias da dor e das descobertas é o que nos acrescenta, nos faz maiores!

Gosto das suas palavras e da
forma do seu poema. Mas gosto, principalmente, das entrelinhas!

Virei sempre visitar seu 'mar de coisas'!