quarta-feira, 12 de maio de 2010

Não, obrigado

Escrevo poemas que acabam em precipícios
Thelma & Louise acelerando o carro
e saltando no vazio.
Meus versos não estancam em muros,
minhas palavras fazem buracos na parede
e você pode ir além.
Nem tudo está escrito,
vá até o fim
e quando acabar, talvez continue.
Filmes de indefinidos finais,
sinais verdes
para a imaginação.
Leia como quiser,
não existem notas no pé da página
nem justificativa para todos os nossos atos.
Talvez haja luz demais,
talvez esteja escuro,
mas à sua frente está
o mundo.
A minha cabeça gira,
faz viagens que você não acompanha,
mas pra mim faz tanto sentido,
é tão coerente, tão claro
como o rio pro mar.
E eu ainda não desisti
de fazer você me amar.
Mas me entender, não, não precisa.

Um comentário:

jac rizzo disse...

Linda essa poesia que fura muros,
que ultrapassa paredes e obstáculos..
E Leandro, precisamos nos fazer amar,
que entender é pura pretensão.