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quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

não há

na minha vida redonda sem aresta
que roda feliz na faixa
não há porta, janela ou fresta
por onde ouvir o que você me diz em baixa
voz de vermelho veludo.
não há espaço para tanto,
não dá para ser essa festa
não há sequer um canto
livre onde caiba
pouco, muito ou tudo.



mas o desejo insiste bandido
com uma tapa na testa
que não dá
pra ignorar
e você me provoca
roça enquanto dança
e beija na boca.
e evoca o melhor
do pior que há em mim,
se houvesse algum mal.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Da solidão desta noite - I

A voz de veludo líquido
não mata a sede,
é verde musgo na parede,
é a saudade dela,
é a chuva na janela da casa
no cair da tarde cinza,
no amor grená.
É o verso que ainda virá
do amor que se deseja.
Eu amo você
seja quem for que seja.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Marrom

Tua voz tem
tons de marrom
em veludo
e é calefação,
pulsar morno e forte
sobre corpo desnudo.
Teu sotaque do norte
ergue abrigo sobre mim,
que o perfume amadeirado
torna lar.
Tudo que sai de tua boca
é mel.

sábado, 2 de maio de 2009

Meu mestre mandou

Doces eram os olhos da assassina,
palavras, as armas do crime.
Em seguida, o silêncio,
o abismo.
Caí no céu,
galguei o inferno.
O coração é um músculo mexicano
vertendo cada vivência
em ópera.
Escarlates veludos
desnudam o desejo.
Um beijo pode não ser a verdade
mas é o que queríamos que fosse.
O bem e o mal caminham de mão dadas,
fiz amor com ambos,
matei os dois
e caminho só.
Sou re(s)to.