Seria legal você não usar nada por baixo,
para que minhas mãos tenham livre acesso
a todas as ruas do seu corpo,
todos os becos quase escondidos,
sem gatos sobre o muro,
sem saxofonistas à meia-noite.
Todas as ruas do seu corpo limpas e livres
enquanto minhas mãos passeiam,
minha boca incendeia,
meu olhar descobre.
Ando por essas ruas pensando
que talvez sejam o meu lugar,
não são mais ruas que só atravesso,
não mais apenas vias de acesso.
Permaneço nelas, são meu lar.
Minha mão sobe por entre suas coxas
Levantando seu vestido
até chegar aos lábios.
Sobe ou desce?
Há 10 anos
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