domingo, 7 de setembro de 2008

Meu grande amor



Quando te abracei
e olhei por cima do seu ombro
vi o meu futuro
despedaçado no chão
e chorei uma única lágrima
com um olhar fixo e patético.
O meu sonho era de vidro
e eu não sabia
até vê-lo estilhaçado
atrás do seu corpo.
O meu futuro estava todo ali
derramado como leite
sobre o qual não adianta chorar,
e eu não tinha a quem culpar
a não ser a mim mesmo.
Por instantes,
eu não quis parar de te abraçar,
mas engoli a lágrima
e te soltei,
talvez tarde demais,
meu grande amor,
minha própria desgraça.

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