No outono das horas,
as palavras vêm
forrar o chão do corpo.
E este corpo ganha tuas mãos cálidas
e as cores aquecidas dos teus gestos
brotando árvores densas com galhos longos
no espaço em branco.
E como a água mansa corre
suave e contorna a pedra
você cobre viva os dias.
Vem diante dos meus olhos
em sorrisos e sóis
ser a camada sobre a pele
e a pele sobre o mais íntimo.
Sobe ou desce?
Há 10 anos
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